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25.abr.25 | Por: ABIH-SC

Mercado Livre 2.0: Autoprodução de energia uma solução de longo prazo

A forma como as empresas lidam com a energia está mudando. O que antes era focado apenas em obter preços mais competitivos no mercado livre, hoje evolui para um modelo mais estruturado, previsível e com benefícios amplos. Nesse novo contexto, a autoprodução de energia elétrica se consolida como uma solução estratégica para empresas que pensam no longo prazo.

A autoprodução permite que o consumidor utilize energia gerada exclusivamente para suprir suas próprias necessidades, seja por meio de participação direta em ativos de geração ou por estruturas coletivas. O modelo garante isenção de encargos setoriais, como CDE, PROINFA, ESS, EER e ERCAP, desconto de 50% nas tarifas de uso do sistema elétrico (TUSD/TUST), além da rastreabilidade de energia renovável, o que fortalece práticas sustentáveis e aderência às diretrizes ESG.

Cada projeto exige uma análise criteriosa do perfil de consumo da empresa, sazonalidade da demanda, perfil de risco e estrutura tributária. É uma solução sob medida, desenhada a partir das particularidades de cada operação. Por isso, contar com uma consultoria especializada faz toda a diferença e a Ludfor Energia, com mais de 30 anos de experiência, oferece esse suporte completo, da modelagem à gestão da operação.

Do ponto de vista do consumidor, os ganhos são claros: economia, previsibilidade, sustentabilidade e segurança regulatória. Porém, quem também se beneficia desse modelo é o próprio gerador de pequeno porte, como usinas CGH (Central Geradora Hidrelétrica) e PCH (Pequena Central Hidrelétrica). Ao participarem de estruturas de autoprodução, esses empreendimentos conseguem melhorar a rentabilidade do ativo, antecipar o retorno do investimento e garantir previsibilidade de receita com contratos estáveis e de longo prazo.

Atualmente, existem dois modelos principais de enquadramento como autoprodutor de energia: autoprodução por equiparação e autoprodução por consórcio. Ambos atendem ao requisito legal de uso exclusivo da energia, mas diferem na estrutura jurídica, na necessidade de aporte e no perfil de consumidor ideal para cada caso.

No modelo de autoprodução por equiparação, o consumidor se torna sócio de uma sociedade de propósito específico (SPE) detentora do ativo de geração. Isso ocorre por meio da aquisição de ações ordinárias com direito a voto, garantindo a caracterização do uso exclusivo da energia. A equiparação exige um aporte financeiro e é somente é permitido para consumidores com demanda contratada de 3.000 kW ou mais por unidade consumidora, conforme regulamentação vigente.

Já o modelo de autoprodução por consórcio permite que o consumidor tenha acesso aos mesmos benefícios da autoprodução sem a necessidade de investimento direto na usina. Neste caso, a Usina é compartilhada entre os consorciados, e a energia gerada é dividida proporcionalmente à participação de cada um no consórcio. Essa alternativa é bastante flexível e acessível, inclusive para consumidores com qualquer nível de demanda contratada.

Essa dinâmica cria uma sinergia estratégica entre geradores e consumidores: de um lado, o consumidor reduz seus custos com energia e ganha previsibilidade; do outro, o gerador potencializa a performance financeira do empreendimento. Quando bem estruturada, essa relação é equilibrada, segura e vantajosa para ambas as partes.

O Mercado Livre 2.0 exige mais planejamento, mais técnica e mais estratégia. A autoprodução é uma alternativa robusta e inteligente, mas que precisa ser cuidadosamente avaliada e estruturada. A Ludfor está preparada para entregar essa solução, garantindo a máxima eficiência regulatória, jurídica, econômica e operacional.

Se a sua empresa busca competitividade, sustentabilidade e autonomia energética, a autoprodução pode ser o próximo passo certo, com o suporte de quem entende do assunto.

Escrito por:

Matheus Nunes Ribeiro
Matheus Nunes Ribeiro – Gerente de Gestão de Geradores e Autoprodução
Fonte: Ludfor

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